A Primeira Visão/Contas/1832/Motivação para orar é diferente

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A motivação de Joseph Smith para a oração em seu registro de 1832 da primeira visão


"porque me tornei convicto de meus pecados... e senti-me movido a chorar por meus próprios pecados e pelos pecados do mundo ..." Joseph Smith's 1832 account of the First Vision
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A declaração de Joseph Smith sobre sua motivação para orar ao Senhor muda entre o primeiro relato conhecido da Primeira Visão (1832) e sua versão oficial (1838).

  • Será que isso conta como uma evidência de que a história do Profeta mudou ao longo do tempo e, por isso, foi simplesmente composta no início?


A alegação de que o motivo da oração de Joseph Smith muda em relatos posteriores ao evento da Primeira Visão não passa no teste de exame minucioso. A evidência mostra, ao contrário, que os elementos da história permanecem estáveis ao longo do tempo. As motivações de Joseph para orar não estão, como um crítico coloca "em todo lugar." Ele teve duas motivações: o perdão dos pecados, e um desejo de saber qual igreja estava certa.

  • Registro de 1832
    "ao dedicar-me ao estudo delas e conhecer de perto algumas pessoas de diversas denominações, fiquei muito admitado, porque descobri que elas não adornavam sua profissão de fé com uma vida santa e uma linguagem piedosa condizentes com o que estava escrito naquele livro sagrado.

Isso muito angustiou minha alma... Minha mente ficou extremamente perturbada, porque me tornei convicto de meus pecados .... Ele falou-me dizendo: 'Joseph, meu filho, teus pecados te são perdoados.'"

  • Registro de 1835 (9 Nov. 1835)
    "Estando preocupado em minha menteão". Mas como não tenho com respeito ao tema das religiões e olhando para os diferentes sistemas ensinados aos filhos dos homens, não sabia quem estava certo ou quem estava errado e considerava de primeira importância que eu deveria estar certo ... disse-me: 'teus pecados te são perdoados...'
  • Registro de 1835 (14 Nov. 1835)
    Esta relato é simplesmente um resumo de uma linha da visão - motivo

não determinado

  • Registro de 1838 (published in 1842)
    Quem, dentre todos esses grupos está certo, ou estão todos igualmente errados? Se algum deles é correto, qual é, e como poderei sabê-lo?.... Meu objetivo ao dirigir-me ao Senhor era saber qual de todas as seitas estava certa, a fim de saber a qual me unir .... e muitas outras coisas disse-me, as quais não posso, no momento, escrever...
  • Registro de Orson Pratt de 1840
    ... se qualquer uma destas denominações é a Igreja de Cristo, qual é?... Ele foi informado de que seus pecados foram perdoados.

Deve-se ter em mente que aqueles que relatam a manifestação inaugural do Profeta por escrito nem sempre soletram as coisas exatamente da mesma maneira; às vezes informações são ocultas pela linguagem que outros optam por utilizar, e de vez em quando omitem elementos da história (possivelmente devido às considerações de audiência).

Perguntas e respostas detalhadas


Os textos que são empregados pelos críticos para justificar a acusação de 'diferentes motivações' são os seguintes:

1832

"clamei, portanto, ao Senhor por misericórdia, pois não havia nenhum outro a quem eu pudesse recorrer para obter misericórdia."

1838

"Meu objetivo ao dirigir-me ao Senhor era saber qual de todas as seitas estava certa, a fim de saber a qual me unir."

As palavras que antecedem o momento em que Joseph Smith oferece sua oração no texto de 1832 demonstram que a alegação anti-Mórmon sobre sua mudança de motivação não é sustentável. Estas palavras têm o seguinte teor (padronizados para facilitar a leitura):

Por volta da idade de 12 anos minha mente ficou profundamente impressionada com todas as importantes questões relativas ao bem-estar de minha alma imortal, o que me levou a estudar as escrituas, crendo como me fora ensinado, que continham a palavra de Deus.
Então, ao dedicar-me ao estudo delas e conhecer de perto algumas pessoas de diversas denominações, fiquei muito admirado, porque descobri que elas não adornavam sua profissão de fé com uma vida santa e uma linguagem piedosa condizentes com o que estaca escrito naquele livro sagrado. Isso muito angustiou minha alma.
Então, dos 12 aos 15 anos de idade ponderei sobre muitas coisas concernetes à situação da humanidade: as contendas e divisões, as iniqüidades e abominações e as trevas que dominavam a mente dos homens.
Minha mente ficou extremamente perturbada, porque me tornei convicto de meus pecados
e, estudando as escrituras, descobri que a humanidade não se achegara ao Senhor, mas tinha-se afastado da fé verdadeira e viva e não havia sociedade nem denominação edificada sobre o evangelho de Jesus Cristo, conforme registrado no Novo Testamento
e senti-me movido a chorar por meus próprios pecados e pelos pecados do mundo.
Aprendi nas escrituas que Deus era o mesmo ontem, hoje e sempre, que Ele não fazia acepção de pessoas, porque era Deus. Porque eu contemplava o Sol, o glorioso luminar da Terra e também a Lua cruzando o céu em sua majestade e também as estrelas brilhando em seu curso; e também a Terra sobre a qual eu estava e as bestas do campo e as aves do céu e os peixes das águas; e também o homem caminhando sobre a face da Terra com majestade e na força de sua beleza, com poder e inteligência para governar coisas tão extraordinariamente grandiosas e maravilhosas, sim, à semelhança Daquele que as criou.
E ao ponderar essas coisas, exclamava no coração: Bem disse o sábio ao afirmar que só o néscio diz em seu coração que não há Deus. Meu coração exclamava: Tudo isso presta testemunho de um poder onipotente, um Ser que cria leis e decreta e liga todas as coisas em seus limites; que preenche a eternidade; que foi, é e será de eternidade em eternidade. E ao ponderar todas essas coisas e lembrar que aquele Ser deseja que O adoremos em espírito e verdade, clamei, portanto, ao Senhor por misericórdia, pois não havia nenhum outro a quem eu pudesse recorrer para obter misericórdia."

Resumo dos temas

  • Entre 12 e 15 anos de idade Joseph Smith ficou extremamente angustiado com seus pecados pessoais e angustiou-se por eles. Ele tornou-se seriamente preocupado com o bem-estar de sua alma e por isso procurou as escrituras para obter informações sobre o assunto.
  • Ele muito se admirou e entristeceu-se com o fato de que seus conhecidos que pertenciam às várias denominações cristãs não agiam de acordo com o que foi encontrado nas páginas da Bíblia.
  • Seu estudo do Novo Testamento levou-o à conclusão de que todas as denominações cristãs com as quais ele estava familiarizado haviam-se afastado do verdadeiro evangelho de Jesus Cristo.
  • Joseph ponderou a respeito da escuridão que permeia as mentes da humanidade, e as iniquidades e abominações dela resultantes - e lamentou pelos pecados do mundo.
  • Ele também pensou sobre as "contendas e divisão" entre os homens [ver - renascimento mencionado no texto 1832].
  • Por meio de suas observações pessoais, Joseph acreditava que os objetos e entidades criados por Deus realmente existiam.
  • Ele também acreditava nas escrituras que ensinavam que Deus é um Ser eterno, que é Todo Poderoso e Onipresente, que não faz acepção de pessoas, que é o Deus da lei e que não muda ao longo do tempo, e queria que a humanidade viesse a adorá-Lo em verdade.
  • Quando Joseph Smith "considerou todas essas coisas", orou ao Senhor e recebeu sua primeira visão.

Fica evidente, a partir de uma consulta do texto de 1832, que o desejo de Joseph Smith de ser perdoado de seus pecados não era sua única motivação para orar no deserto. Ele orou (como afirma explicitamente) por causa de "todas" as coisas que ele menciona - incluindo o desejo de adorar a Deus em verdade; de acordo com Suas leis (as quais Joseph não acreditava que estivessem presentes entre quaisquer das denominações de cristãos que ele conhecia).

Padrões contidos nos documentos

O padrão do texto de 1832 de (1) desejo de se preparar para a eternidade / adorar a Deus em verdade, e (2) o desejo de perdão de pecados pessoais podem ser detectados nos subseqüentes recitais da primeira visão, demonstrando que não há nenhuma mudança em seu motivo declarado ao longo do tempo. A confusão dos críticos sobre esta questão surge quando eles não vêm correspondências exatas de temas nos documentos, ou insistem em que todos os detalhes da história estejam presentes em cada texto que relacionam.

1832 (Smith)

"Minha mente ficou profundamente impressionada com todas as importantes questões relativas ao bem-estar de minha alma imortal...minha mente ficou extremamente perturbada, porque me tornei convicto de meus pecados... quando considerei todas essas coisas e compreendi que esse Ser procura aqueles que assim O adorem, que O adorem em espírito e em verdade, clamei, pois, ao Senhor. . . . Ele falou-me, dizendo: 'Joseph, meu filho, teus pecados te são perdoados. "

1834 (Cowdery/Smith)

Joseph Smith tinha a "determinação de saber por si mesmo da certeza e realidade da religião pura e santa.... [Mas também] clamou ao Senhor em segredo por uma manifestação plena de aprovação divina, e... para ter uma garantia de que ele havia sido aceito por Ele. "Joseph é classificado neste texto como o "humilde, pecador arrependido."

1835 (Smith)

"Estando preocupado em minha menteão". Mas como não tenho com respeito ao tema das religiões e olhando para os diferentes sistemas ensinados aos filhos dos homens, não sabia quem estava certo ou quem estava errado e considerava de primeira importância que eu deveria estar certo ...Estando assim perturbado em minha mente, retire-me para um bosque em silêncio, e clamei ao Senhor... Ele disse-me: "Teus pecados te são perdoados..."

1838 (Smith)

"pois eu não sabia como agir e, a menos que conseguisse obter mais sabedoria do que a que tinha então, nunca saberia... Meu objetivo ao dirigir-me ao Senhor era saber qual de todas as seitas estava certa, a fim de saber a qual me unir... e muitas outras coisas disse-me, as quais não posso, no momento, escrever "[referência indireta ao perdão dos pecados?]

1840 (Pratt)

"[Joseph] começou a refletir seriamente sobre a necessidade de estar preparado para um futuro estado de existência; mas como ou de que maneira preparar-se era uma pergunta, ainda, indeterminada em sua própria mente... Ele percebeu que era uma questão de importância infinita, e que a salvação de sua alma dependia de uma correta compreensão disso... Ele foi informado de que seus pecados foram perdoados "


1842 (Smith)

"Comecei a refletir sobre a importância de estar preparado para um estado futuro, e tendo inquirido sobre o plano de salvação, descobri que houve um grande choque no sentimento religioso... Considerando que tudo não podia estar certo, e que Deus não podia ser o autor de tanta confusão, decidi investigar mais detalhadamente o assunto "[perdão dospecados não é mencionado]

1842 (Hyde)

"[Joseph] começou seriamente a refletir sobre a necessidade de estar preparado para um futuro estado de existência, mas como ou de que maneira preparar-se era uma pergunta, ainda, indeterminada em sua própria mente... Ele percebeu que era uma questão de importância infinita.... [os dois personagens] lhe disse que suas orações haviam sido respondidas, e que o Senhor tinha decidido conceder-lhe uma bênção especial. "[REFERÊNCIA AO PERDÃO DE PECADOS? - Lembre-se de que Hyde utilizou informações diretamente do registro de Pratt]


Notas